Obstetrícia

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Até quando esperar?

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Pelo dito popular uma gestação deve durar cerca de nove meses. Mas desse modo há imprecisão, pois o número de dias em um mês é variável. Assim, os obstetras contam o tempo da gestação em semanas, já que esse período tem número fixo de sete dias.

A dúvida vem na transformação das semanas em meses, ou vice-versa e, principalmente, em saber quantas semanas dura uma gravidez? A data provável de um parto é aquela em que se completa 40 semanas. Como diz o nome, a data é provável, dado que estatisticamente a maioria dos partos acontece nesse período. Para não ser chamado de prematuro o parto pode anteceder em até três semanas dessa data. Então, mais uma dúvida surge: até quando é possível esperar?

A placenta possui uma expectativa de vida que, quando superada, gera seu mau funcionamento e como consequência o feto terá menor aporte de nutrientes e oxigênio, o que resulta em sofrimento fetal. Isso permite concluir que não podemos esperar eternamente um parto espontâneo. Os estudos mostram que os riscos se tornam maiores quando a gravidez supera as 41 semanas, entre eles o óbito fetal e aspiração de mecônio, o que pode obstruir as vias respiratórias e irritar os pulmões.

Assim sendo, o término da gravidez sem intercorrências deve ocorrer com 41 semanas. E se não houver trabalho de parto até essa data é possível o parto normal? A resposta é sim. No entanto, o parto deverá ser induzido, desde que haja boas condições maternas e fetais. O obstetra poderá optar por estimular diretamente as contrações com uso de ocitocina, após uma simples análise do colo uterino por toque vaginal. Ou ainda, preparar tal colo com comprimidos vaginais de prostaglandinas. Esses comprimidos não podem ser usados em mulheres que já tenham se submetido a uma cesariana, situação em que se usa uma sonda com o mesmo intuito. Cabe ressaltar que a mulher que opta pela indução deve ter consciência que se trata de um processo demorado.

O Nascimento

O bebê representa apenas um dos nascimentos que ocorrem na vida dos pais que decidem pela maternidade. Nesse momento nasce também uma mãe, um pai e uma família.

O parto é uma importante etapa nesse processo. A palavra parto é derivada do latim parere, que significa “dar a luz”, sendo que a forma como isso ocorre é variável. Assim, existem dois tipos de parto: vaginal e cesariana. O primeiro ainda pode variar desde o parto natural até o parto instrumentalizado, cada qual com características peculiares. Decidir entre eles requer conhecer cada um deles.

Um parto é dito natural quando acontece na ausência de qualquer intervenção obstétrica, ou seja, sem uso de medicações, inclusive analgésicos ou aquelas que promovam contrações uterinas e sem a realização de cortes ou instrumental. Trata-se de uma opção importante para as mulheres que desejam vivenciar intensamente esse momento.

Por opção da parturiente e, às vezes, por necessidade médica, intervenções se tornam indispensáveis. Quando as contrações são insuficientes para a descida do feto pelo canal de parto é preciso promover a dilatação do colo do útero, situação conhecida como distócia funcional. Neste caso o uso de uma medicação para adequar tais contrações é imprescindível como, a ocitocina, que nada mais é que uma forma sintética do hormônio produzido pelo organismo feminino no trabalho de parto.

A analgesia de parto, ou seja, a anestesia também pode ser realizada durante o parto normal, desde que a gestante opte por isso, e a partir do momento em que desejar. Com o procedimento a dor se torna mínima, mas as contrações se mantêm. Ao contrário do que alguns acreditam, não altera o bem-estar do feto e nem retarda o nascimento.

O corte na vagina, conhecido como episiotomia, apesar de muitos realizarem rotineiramente, não é necessário em todos os partos, apenas quando não há abertura suficiente para a passagem do feto. Mesmo sem a episiotomia e apesar das manobras corretas para proteção local, cortes naturais decorrentes da passagem da cabeça e ombros fetais podem ocorrer, a esses chamamos de lacerações.

Mística maior existe em torno do instrumental de parto normal, como vácuo-extrator e fórcipe. Isso porque na era pré-cesariana, para evitar o óbito materno, retiravam-se os fetos a todo custo, o que gerava lesões irreparáveis. Hoje, existem indicações e técnicas adequadas para tais procedimentos, que inclusive podem salvar a vida dos bebês. Durante o trabalho de parto, é importante a monitorização do bem-estar fetal, pois pode ocorrer a diminuição do aporte de nutrientes e oxigênio a esse feto, situação conhecida como sofrimento fetal. Nesse caso o parto deve ocorrer sem delongas, e caso esteja em fase avançada, o fórcipe é opção mais plausível, pois permite a saída do bebê com maior rapidez. O instrumental também é útil na parada da progressão do parto nos momentos finais, evitando-se cesarianas. É importante ressaltar que, se bem aplicados, tais instrumentos não promovem lesões no recém-nascido.

Finalmente, em uma pequena porcentagem das mulheres a cesariana é necessária. Mesmo em países bastante desenvolvidos e culturalmente adeptos do parto normal, há uma taxa de cesariana em torno de 15%. São exemplos de indicação: placenta recobrindo o colo do útero, duas ou mais cesarianas anteriores e herpes genital em atividade. Ainda é possível que, durante a evolução do trabalho de parto, note-se a necessidade de se indicar cesariana como, nos sofrimentos fetais com dilatação incompleta ou parada da progressão por desproporção entre o tamanho do feto e o do quadril.

O mais importante é a consciência de que o parto é da mãe, sendo o obstetra aquele que está ao lado para atuar apenas nos momentos de necessidade. Afinal, obstetra vem do latim obstare, que significa “ficar ao lado”.

Bom parto!

CORPO CLÍNICO

MILCA CEZAR CHADE - CRM | SP: 125.636 | Ginecologista, Obstetra e Mastologista

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► Graduação: Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba, Centro de Ciências Médicas e Biológicas da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, no período de 2001 a 2006.
► Especialização em Ginecologia e Obstetrícia: Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo. Inicio 2008 e com término em 2011.
► Aperfeiçoamento em Mastologia: Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo. Início em 02/2011 com término em 31/01/2013. 
► Especialista em Mastologia com término em 2013.

RÔMULO NEGRINI - CRM | SP:113.055 | Ginecologista e Obstetra

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► Mestre em tocoginecologia pela Santa Casa de São Paulo
► Especialista em Gestação de alto risco e Medicina Fetal certificado pela AMB.
► Médico Assistente e Professor Instrutor na Santa Casa de São Paulo.
► Membro da equipe de obstetrícia do Hospital Israelita Albert Einstein.

RUY MACHADO JR.- CRM | 111.973 | Ginecologista e Obstetra

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► Graduação: Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP – Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). 1998-2003.
► Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia: Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). 2004-2006.
► Especialização em Endoscopia Ginecológica: Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). 2006-2008.
► Título de Especialista em Videolaparoscopia / Histeroscopia Ginecológicas pela FEBRASGO. 2008.
► Mestrado em Ginecologia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). Tema: Endometriose. 2007-2011.

BRUNNA R. LESSA CHACCUR - CRM | SP: 122.109 | Ginecologista e Obstetra

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► Graduação: FESO, 2005.
► Residência médica Hospital Ipiranga, 2010.
► TEGO 2011.
► Pós graduação uroginecologia - Santa Casa de São Paulo.
► Pós-Graduação:  PTGI - Santa Casa de São Paulo.

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Mural dos Bebês

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